Durante as férias que anteciparam a entrada do Tomás para o pré-escolar passei algum tempo disponível a imaginar como seria o seu primeiro dia de escola… no meu coração sentia um aperto… pois o Tomás tinha estado os seus primeiros três aninhos de vida com os seus avós e como é o meu primeiro filho não tinha irmãos para brincar… Como seria a sua integração com crianças? A sua vida até então tinha sido maioritariamente rodeada de adultos.
Devem imaginar como me estava a sentir, então eu e o pai resolvemos durante esse Verão passar sempre que possível ao lado da sua futura escolinha e dizer-lhe que aquela iria ser a sua escolinha onde iria ter muitos meninos para brincar e que naquela escolinha existiam brinquedos diferentes dos dele.
À medida que o primeiro dia se aproximava o tema de conversa insistia sobre o seu primeiro dia… “- Tomás a mãe vai lá levar-te e ficas lá a brincar um pouco com os teus amiguinhos e depois a mãe vai buscar-te.”
Chegou o dia D – O primeiro dia de escolinha do meu filho… Chegámos à escola, entrámos, havia mães a deixar os seus filhos e entrei com ele, onde a Educadora nos conduziu até à salinha onde estão os jogos. Colocámo-lo a brincar numa mantinha, com outro menino mais velho, e eu disse: “ Tomás, ficas a brincar um pouco com estes meninos que a mãe já vem buscar-te.” E ele respondeu: “Está bem mãe, até logo.”
Saí e disse à Educadora que se por acaso ele chorasse, por favor me ligasse que eu iria lá. Passei toda a manhã a olhar para o telemóvel à espera que o meu filho chorasse pela minha falta… mas o Tomás até hoje não sente falta da mãe na sua escolinha!
Os receios que me amedrontavam, do meu filho ficar a chorar nos braços da Educadora, desapareceram. Os choros que eu ouvia no meu pensamento, a ideia de alguns infantários que eu visitei em que sempre que se entrava estava alguém a chorar, choros sem fim, desapareceram também, pois quer ele, quer os seus amiguinhos não choravam… Sou pois uma mãe feliz, com um filho que é muito feliz na sua escolinha, onde se evidenciaram enormes conquistas ao nível pessoal, social, afectivo… Não esquecerei nunca a sua cara de felicidade quando chegou a casa a dizer que já conseguia descer o escorrega sozinho, que já sabia escrever o seu nome, a canção que tanto gosta do “Bom Dia”, as prendinhas do dia do pai e do dia da mãe, o desfile de carnaval, a sua primeira viagem de autocarro,… e garanto-vos que continuaria sem fim a enumerar-vos as alegrias vividas pelo meu filho com 3 aninhos na sua escolinha.
Sou uma mãe que vive muito da sua vida diária apenas com o coração e o meu coração está tranquilo e feliz quando o Tomás está na sua escolinha.
É caso para dizer que “um ano depois”, ou seja no final deste ano lectivo alegro-me em escrever Parabéns à Educadora, à Assistente Operacional e a todos os que partilharam experiências e que as proporcionaram … Sinto “orgulho” quando me perguntam em que escola está o meu filho e eu respondo – No Agrupamento de Escolas de Vagos, Jardim de Infância de .........!
Desculpem a insistência, mas não seria uma mãe grata se aqui não escrevesse um Obrigada especial à Educadora e à Assistente Operacional.
Assinado: uma Mãe!
Enquanto coordenadora de departamento, aproveito para agradecer a todas as educadoras e assistentes operacionais que ao longo do ano deram o seu melhor para que as nossas crianças crescessem num ambiente rico em aprendizagens e afectividades. Agradeço, também, às Mães e aos Pais que reconhecem e confiam na qualidade do trabalho que é desenvolvido na educação pré-escolar do nosso Agrupamento. A todos o meu obrigada e votos de boas e merecidas férias!
ResponderEliminarCristina Silva